Para Eric Mazur, físico de Harvard, a resposta para a questão sobre aprendizado, que dá título a este texto, é bem simples.

“O momento em que você conclui a graduação e adquire o diploma é a exata hora em que o aprendizado começa. É quando o aluno tem de assimilar o conteúdo sozinho”, ressalta Mazur.

A grande questão é como ele irá aprender se não aprendeu a aprender na universidade.

“O desafio é enorme, por isso a importância de aprender todos os dias, aprender com a vida, aprender a aprender em sala de aula”, diz o professor.

E justamente o fato de ter de aprender a aprender é o que trouxe um número ainda maior de docentes de volta para a sala de aula Neste dia 5 de agosto, 204 professores de 50 instituições de ensino de todo o Brasil participaram da capacitação do Consórcio STHEM na Eniac, em Guarulhos, SP. Em maio, 150 educadores haviam sido capacitados nos workshops sobre Metodologias Ativas de ensino. Ano passado, outros 120 também participaram da formação com professores de Harvard e Boston, Estados Unidos, e da Escola Politécnica de Montreal, no Canadá.

“Eu acho que não damos a possibilidade do aluno desenvolver essa habilidade e uma forma de fazer isso é por meio da chamada ” Revisão por Pares Calibrada”, avalia Mazur.

Neste método, o docente repassa aos estudantes um trabalho, uma dissertação, por exemplo. Em seguida, explica como vai avaliar o estudante. Ou seja, ele dá os feedbacks ao aluno, mas não uma nota. “A intenção é que o aluno não se prenda à nota, mas sim ao que realmente entendeu da dissertação e do retorno do professor. Desta forma, ele avalia o seu próprio trabalho”, destaca Mazur.

Além de Mazur, a Capacitação do Consórcio STHEM Brasil também contou com workshop de Bennett Goldberg, da Universidade de Boston, Estados Unidos. Ele falou sobre “Ensino Hibrido e Sala de Aula Invertida”.
“Cada situação exige do docente uma atuação diferente. Saber entender a forma como essa dúvida pode ser sanada é que faz toda a diferença”, conclui Bennett.